Mudanças

A melhor forma de vencer o racismo é através do empoderamento educacional, a Professora Diva Guimarães é uma prova de que o caminho certo é a educação, o conhecimento é a chave do sucesso humano.
O termo empoderamento é importante e forte no atual cenário social, especialmente quando é usado como ação de mudança, não apenas como uma ideia de que é necessário mudar. Quando escuto mulheres em palestras dizendo que as outras mulheres precisam se sentir bonitas, considero uma loucura começar o empoderamento por esse caminho.
Os sentimentos enganam, as ações fortalecem. Estar maquiada e com a roupa da moda não torna uma mulher empoderada. Uma mulher que trabalha e se sustenta é uma mulher empoderada e livre pra fazer o que quer.
Empoderamento é uma ação concreta que fortalece a mulher. Uma mulher que pensa em se sentir bonita faz com que ela pense na beleza da atual sociedade, um padrão humano ilusório, que nem as modelos das revistas conseguem atingir naturalmente. Então, iniciar por esse caminho é manter as mulheres na ignorância e longe de suas realizações pessoais e profissionais.
Um exemplo desse tipo de mulher empoderadora é a Professora Diva Guimarães. Quem ainda não assistiu o vídeo em que a Professora Diva compartilhou momentos da sua vida, uma reflexão de como o racismo vem causando um grande estrago na nossa sociedade, tem que assistir – vídeo abaixo.
A professora Diva é uma mulher que independente das circunstâncias focou em ser melhor, em estudar, em viver da sua paixão: a mão dupla de ser professor, aprender e ensinar nas escolas.
Tudo o que ela diz no vídeo é tocante, quando a mãe da Professora Diva a faz refletir sobre querer ser uma empregada doméstica ou preferir estudar mostra como o apoio familiar, mesmo não sendo letrada, faz toda diferença na criação de uma oportunidade de uma criança que nasceu num ambiente desfavorecido.
A Educação, o que é “direito de todos”, deveria ser mais valorizado. O racismo é um problema de todos os brasileiros, é preciso haver uma maneira de superar esse erro histórico, que é considerar que o negro foi escravo (quando o negro foi escravizado) e incentivar o desenvolvimento da educação. Realmente, todos os brasileiros se unirem para cobrar do Governo a “Ordem e Progresso” da sociedade. E não apenas da minoria, dos empresários e políticos que enriquecem com a ignorância da maioria.
Se as pessoas não ignorassem os fatos da históricos, tivessem conhecimento, elas seriam mais conscientes do ambiente e das pessoas que estão a sua volta. É uma visão sobre a ação da raça humana, não apenas para a parcela de analfabetos.
Como dizia o polímata Alberto da Costa e Silva “só é possível compreender o Brasil conhecendo a África”. E essa matéria foi excluída do currículo escolar brasileiro.
É simples perceber essa falta curricular. Se houvesse uma pesquisa sobre o tema África poucas pessoas saberiam o que responder. Quem teve aula da História da África na escola? Quem sabe quais foram as influências africanas no Brasil? Tem gente que acha que a África é um país, a África é um Continente. Tem gente que não sabe que o Egito está no Continente africano.
Lutar contra o racismo não é fazer favor para o povo negro. É sim, abrir as portas para evolução da raça humana. É fazer valer a democracia, fazer valer o “Somos iguais”, é dar oportunidade a maioria. A maioria dos desprovidos de necessidades básicas, nesse grupo não existem apenas negros, atualmente, inclui brancos também.
O diálogo abre oportunidades e esclarece histórias. Ouvir a Professora Diva e buscar uma maneira de colaborar com a mudança dessa história é evoluir.
Que a profissão de professor tenha o reconhecimento devido, que a raça humana se una com o objetivo do bem social, respeitando a cultura e as diferentes etnias. O mundo precisa se tornar um lugar melhor. E isso só é possível quando a cultura opressiva for vencida e as pessoas conseguirem olhar com empatia pra quem está ao seu lado, não como adversários.
O futuro da humanidade está em reescrever uma nova história, a educação pra todos é o que garantirá um futuro melhor para a nação.